terça-feira, 20 de abril de 2010

Animoso

Tambores batem fortes e pausados.Eu olho; analiso; fecho os olhos; respirto fundo; paro; desvio; retorno. Sinto as batidas mais fortes. Depois, lentamente, vão diminuindo, e assim não sinto mais nada. Meu olhar é rigido e fixo no horizonte. Parece melhor assim. De novo, ele choca intenso; caio na realidade. Bate de novo, bate rapido. Vem a tristeza. Mais violento, bate até doer. O frustrante sabor do vazio me toma o paladar, é o halito de fome, ácido e forte. Anemica de amor. Pálida, fraca, apatica. Dê-me o soro da vida direto em minha aorta;
Bombeia coração, bobeira, faz teu bem. Pulsa comigo esse rio vermelho. Quero contigo estar,e ouvir seu batuque ritmico e tranquilo outra vez. Se é involuntaria sua vontade de palpitar, renova-me. Deixo então ser involuntario também o meu desejo de reviver.

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