segunda-feira, 27 de julho de 2009

formas


Senti mais uma vez coisas que não conseguia descrever. Passei dias tentando descobrir a origens dessa sensação, escrevi meios textos, rascunhei poemas, e nada.
Peguei uma folha de papel em braco e coloquei-a a minha frente. Encarei. Um risco foi o necessário para descobrir que o grafite formava não era uma letra e o que surgia na minha mente não era uma palavra e sim uma imagem, como uma foto, e nela tudo se fazia.Fechei meus olhos para ver cada detalhe. Já no papel as formas apareciam.
Entre traços fortes e borrões, cada vez mais eu sentia que o que eu fazia tinha sentido, que ali desabrochava meu sentimento.
No fim estava satisfeita porque eu sabia que havia representado integralmente tudo o que eu queria, sem falhas de expressão e ainda sim com livre interpretação.Eu busco o implícito dentro do explicito, e as formas como elas não são, ou são, friamente.O que é, e o que não é no ‘ser’ que nunca saberemos ao certo o que ‘é’ realmente.Eu vejo sensações em paisagens,eu sinto as cores e sentimento em cheiros,e no silencio o infinito de dizeres.
Pra mim assim são as imagens e é assim que eu gosto de vê-las.

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