domingo, 18 de outubro de 2009

Purgatório

Engole o choro.
Bebe o café de uma vez.
Está quente.Sem açúcar.
Bebe.Faz bem.
Queimo a língua.Que amargura
como a manhã em que me encontro
nem o sol ousou surgir, prefere ficar lá.
Eu também.
Come o pão.Sem manteiga?
Come.Não faz mal.
Pão puro desce seco.Sem frescura.
Mal cozido um gosto, fermentando
a embriaguez do bárbaro.
Não quero mais.Cala a boca,faz
Segura o choro. Não quero
nem quero lamentar o purgatório
inerte ao caminho, pesadelo.
Quero a lua.Tola.Sonha com o que não tem.
por isso é desilusão.
Agora vai.Vou, nada mais.

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